Danças Aquáticas – Saga Derradeira
Agora e em perfeita sintonia, estavam os cavalheiros dispostos a tentar tudo para atrair as ninfas para a frente aquática. Aos sons de um cha cha cha, não foi difícil e logo a piscina ficou inundada da mais bela casta de dançarinas dispostas a arriscar uma roda de casino em ambiente estranhamente novo. Posso vos garantir que a roda saiu na perfeição. Não sei se pelo efeito das pequenas ondas do lago artificial, se pelos movimentos gerados pela roda em plena água, a verdade é que os nadadores dançarinos saíram da piscina em êxtase e prontos a prolongar o serão com muito entusiasmo e, claro, com muitas danças.
Com o avançar da noite, o calor parecia não querer se ausentar e a sede aumentava inevitavelmente. As caipirinhas eram refrescantes e sucediam-se em trotes rápidos de quick step. Em pequenos grupos a conversa estava animada e subia em tom agradável ao ponto do Secretário e da Fadista animarem as hostes com a sucessiva imitação de vários jargões populares do Norte. O espanto não era muito perante esta faceta artística plural da nossa querida Fadista, que já tinha dado provas de grande solidez cultural: exímia bailarina, colossal cantora, fenomenal actriz. Três em um que fazem desta menina uma Diva do Palco! Quem nunca viveu a experiência por perto, inscreva-se rapidamente no baile de sexta, dê um pulinho até S. Adrião e certifique-se com os seus próprios olhos.
Na verdade, todos os elementos de sexta têm algo de muito especial. Senão vejamos o caso do nosso estimado anfitrião: o Caipirinhas. Era um serão especial para ele, estava quase, mesmo quase a completar mais um ano de vida. E, apesar de ocupado com a renovação sistemática do jarro de caipiras, ia distribuindo sorrisos e certificando-se de que não faltava nada a ninguém. Quem não se recorda do mágico efeito provocado pelas caipirinhas preparadas nas suas devidas porções de lima, gelo e vodka em pleno jantar dançante. Munido dos apetrechos necessários, foi vê-lo a pedir no bar um jarro de inox e muito gelo. Num instante juntava a mágica poção, misturando os componentes químicos nas suas correctas proporções. O jantar dançante nunca mais foi o mesmo!
Neste serão de Domingo, a dose foi reforçada incessantemente e os convidados nem tinham por que reclamar, pois era tremenda a abundância do precioso líquido. Logo que soou a meia-noite, cantámos os parabéns e brindámos à saúde do nosso Rei da Festa. Um hip hip hip bem conseguido anunciava um futuro fantástico para o nosso Caipirinhas, neste momento e já depois do serão ser saudosamente recordado, em processo de adaptação aos seus novos sapatos de dança, em cabedal maleável preto mate e ansioso por experimentá-los no tango argentino, a sua nova paixão.
Em breve teremos em exclusivo para o BdS uma entrevista que nos revelará outras façanhas não menos interessantes deste verdadeiro furacão das danças de salão!
1 Comments:
Para quando a publicação da receita da caipirinha??? acho que já se impõe...
Enviar um comentário
<< Home