quinta-feira, março 22, 2007

Os objectivos

Reflexão pessoal



Acredito que, na vida, só nos mexemos para nos dirigirmos para um objectivo que achamos valer a pena; porque, se não for suficientemente importante para nós, a inércia impede-nos de nos movermos. É habitual colocarmos um objectivo na nossa mira e, surpresa das surpresas, pelo caminho, vai-nos surgindo um sem número de objectivos secundários, que se tornam tão importantes como o inicial. Também acredito que, na escolha dos nossos objectivos, devemos sempre avaliar se estes nos viram mais para dentro (centrando-nos no nosso umbigo) ou se nos viram mais para fora (centrando-nos mais nos outros).


Estas reflexões surgem a propósito da minha prática das danças de salão. Eu explico: o objectivo primário inicial era aprender a dançar e divertir-me. Como objectivos secundários seguiram-se a actividade física e lúdica familiar. Gradualmente foram surgindo outros marcos: a convivência social, a alegria de viver, novas amizades, partilhas de vida... E foi (é) bom ver que as pessoas, no geral, também se preocupam com os outros: a entreajuda pessoal dentro e fora das aulas, a sensibilização (muito incentivada pela própria escola) para com os menos afortunados, os cabazes de Natal, o entusiasmo com o trabalho a desenvolver num futuro próximo com a Associação do Minho de Portadores de Trissomia 21... Com tantos objectivos atingidos até posso tolerar certos aspectos menos agradáveis (para mim) das danças: alguns laivos excessivamente machistas para meu gosto, alguns modos mais braçais de conduzir uma dança, o ter de esperar que me convidem para dançar ou, eventualmente, ser “supra-numerária”! Mas, feitas bem as contas, isto são pequenos pormenores técnicos sem importância, porque “valores mais altos se levantam”!

Charlotte

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