sexta-feira, setembro 08, 2006

A minha história

A entrevista da rubrica de hoje é dedicada ao Filipe. A figura central de S. Adrião, agora apoiado pela Vera e pelo Zacarias, tem erguido turmas atrás de turmas e levado dezenas de curiosos a experimentar os bailes de salão. Hoje S. Adrião é um centro de danças de salão por excelência. Graças ao entusiasmo do Filipe, as salas estão desde há um ano renovadas e revestidas a parquet e espelhos. Não há uma só noite livre e as duas salas rivalizam em bailes nos mais variados níveis. Os salões enchem, os bailes são concorridos e o público agradece. Senhoras e Senhores, o Filipe em primeira pessoa:

Queres nos contar como abraçaste as danças de salão?

Há uns bons cinco anos fui até uma aula de uns amigos no Inatel. Deu-me logo imensa vontade de rir, mas simultaneamente tinha um desejo pavoroso de experimentar! O Lima Leite era o professor dessa turma e ao ver-me a rir ao fundo, interrompeu a aula e obrigou-me nitidamente a experimentar. Dancei Cha Cha Cha durante vinte minutos e fiquei desde então completamente apaixonado pelas danças! Fui então incluído naquela turma, ao Domingo à noite no Inatel. Essa minha primeira turma faz-me recordar muito o baile de sexta, a vossa turma, quer pelo convívio, quer pela amizade e a alegria que há no ar.

Apaixonaste-te por alguma dança em especial à medida que progredias?

Inicialmente só ia aquela aula de Domingo no Inatel, mas depois queria mais e mais e comecei a participar noutros bailes. As danças latinas sempre me disseram muito, estão nos meus genes. As clássicas custam a entrar no ritmo, mas depois de se aprender a dançá-las bem, tira-se partido total da gentileza e graciosidade de movimentos que elas oferecem. Uns amigos meus angolanos também me convidavam no início para algumas festas africanas. E lá, nessas festas, aprendi que a dança mais sensual era a africana e me ajudava a me soltar mais. O Kizomba e o Kuduro. O Kizomba é muito sensual e sensível. Posso afirmar que desde que aprendi a dançar a dois que nunca mais soube o que é dançar sozinho!

De aluno passaste depois a professor de danças?

Fazia há algum tempo voluntariado em S. Adrião, desde a colaboração em passagens de anos, passando pela organização de eventos e convívios. Tive uma conversa com o Lima Leite e propus-lhe que a escola abrisse em S. Adrião uma turma. Nessa altura já colaborava com o Lima Leite como dançarino e ele apostou em mim. Fui então para longe, no início como professor de danças de salão percorri as aldeias do Minho, estive em Terras de Bouro. As pessoas não conheciam o universo das danças de salão. Habituei-me a ter turmas imensas, o aluno precisa de uma turma grande, pois quer animação. É mais complicado mas prefiro, gosto de liderar muita gente, todo o tipo de gente.

O que mais te impressionou neste ciclo de danças que terminou no Verão?

O primeiro jantar de S. Adrião correu muito bem na Quinta da Aldeia. As pessoas aderiram em massa. Na altura, parecia que era um só grupo e não várias turmas. Quero continuar a fazer mais jantares dançantes e, já agora, ter tempo para mais actividades radicais que não têm propriamente a ver com as danças mas até mais com o convívio que as danças geram!

Filipe Carvalho

Entrevistado por

Madame X

1 Comments:

At 11 setembro, 2006 15:26, Anonymous Anónimo said...

És a loucura em pessoa, lá isso és... mas continua assim que nós agradecemos!!!
Parabéns pelo trabalho que tens desenvolvido, pois acredita que o valorizamos devidamente, bem como o do Zack, da Verinha, do Carlinhos e do Tó Zé, que tornaram o CCSA um local carismático e sem igual...
PARABÉNS Lipe!!!

 

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