quinta-feira, dezembro 21, 2006

O comando

Um número elevado de cavalheiros que aprende a dançar razoavelmente ainda ouve o seu par dizer: “Ele não sabe guiar”. O homem não se pode concentrar no comando até ter dominado bem as figuras e as suas voltas, mas depois tem que aprender a guiar para que o seu par siga com confiança e, assim, não tenha que adivinhar o que vem a seguir. Por outro lado, não poderá nunca permitir que a parceira o leve para uma outra figura, antecipando o passo dele seguinte e puxando-o para ele.

O cavalheiro deve dar os passos determinado. Mesmo que sejam incorrectos, é preferível movimentar-se com firmeza do que hesitar. O mais provável é que a senhora siga e assim não haverá espaço para choques ou colisões. De facto, se guiar bem, ela poderá nem sequer se aperceber que algo está mal.

Para além de indicar através do movimento do corpo e das pernas a direcção do próximo passo, o cavalheiro deverá usar a sua mão direita para guiar a senhora – exceptuando nas danças latino-americanas, onde são utilizadas frequentemente as duas mãos para conduzir. Se ele quer que o par fique na posição de dança básica, quase em quadrado à frente dele, o cavalheiro deve manter a mão direita curvada de forma natural nas costas dela com alguma pressão ao longo da mão; se a senhora tiver que se separar do cavalheiro, ele deverá pressionar um pouco com os dedos da sua mão direita; para virar a senhora para a posição de promenade ou passeio (i.e., onde o par abre para fora em leque para formar um V e o lado direito do homem está em contacto ou próximo do lado esquerdo da senhora), ele deve aplicar alguma pressão com a base da mão. Para a virar de novo de frente, o cavalheiro pressiona novamente com os dedos. Todos estes movimentos serão efectuados de forma naturalmente inconsciente depois de alguma prática.

Victor Silvester, Modern Ballroom Dancing (Ebury Press 2005, p. 47)

Traduzido e adaptado por

De Campos

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