segunda-feira, julho 07, 2008

Um novo ciclo

Com o baile de sexta a completar quase três anos de existência enquanto grupo de danças de salão, chegou a hora de entrar num novo ciclo de vida. As transformações foram várias neste tempo curto de existência e o grupo foi moldando-se e adaptando-se à entrada em cena de novos protagonistas. Para não falar sequer na quantidade imensa de gente que passou pelo grupo, tomou parte nas aulas, participou nos bailes, com maior ou menor frequência, o salão, sempre repleto de muitas dançarinas e dançarinos, teve como maior desafio a adequação às exigências dos novos professores de dança.

O impulso inicial que o Filipe deu ao baile de sexta foi decisivo para a exportação do carisma do baile a toda a escola. Até hoje tivemos sempre a presença sempre mais ou menos garantida do Filipe nos destinos da sexta, noite de salão. A ele devemos muitos dos passos até hoje aprendidos e, fundamentalmente, a alegria do bem de se estar entre amigos. Sabia bem chegar a sexta à noite para passar umas horas de êxtase total e hilariante no salão. Uma dose brutal e frenética de passos variados nos diferentes géneros e a carga máxima de boa disposição e humor fizeram das aulas do Filipe um momento de total comunhão entre todos.

A presença serena da Vera veio dar um novo empurrão ao baile de sexta. O toque feminino que faltava e um freio no excesso de boa disposição para uma concentração maior no essencial de cada tipo de dança. Com a Vera, o baile ornamentou-se para o salão. Foram aprendidas mais regras, damas e cavalheiros ganharam maior lucidez e autoconfiança e as valsas começaram a ganhar maior volume e predisposição. Terá sido mais difícil, com certeza, para a Madame manter o salão digno desse nome. A euforia por vezes era tal que facilmente o baile descambava para espectáculos mais burlescos que propriamente de corte. Lentamente a Vera conduziu o baile a um salão iluminado, engalanado e preparado para gradualmente tentar passos mais arrojados e complexos. Com muita paciência também, tal era por vezes a histeria de estarmos juntos, mas nem uma só vez a Vera perdeu a paciência e a compostura!

Hoje, passados estes quase três anos, um novo ciclo começa. Com um grupo totalmente distinto do inicial, pode-se, todavia, dizer que não são poucos os que ainda se deixam seduzir pelo baile de sexta. Do núcleo de principiantes na arte do salão, poucos restam, mas a injecção de novos dançarinos veio garantir que o baile se perpetua por mais umas quantas sextas. O novo professor de danças volta a ser masculino, mas é a simbiose perfeita dos antecessores. Monsieur Armando mostrou raça e com quantos sapatos se faz um salão, já na primeira aula desta nova temporada. Sem propriamente ser um estranho ao baile de sexta, o salão experimentou esta semana a tónica das aulas futuras: um repetir exaustivo dos passos e um olhar atento ao pormenor. Os cavalheiros puderam também experimentar dançar em par com o professor, uma experiência inicialmente desconfortante, perante a memória ainda muita presente da deslumbrante Vera, mas que se transformará por certo num baile ainda mais alucinante!

2 Comments:

At 10 julho, 2008 16:10, Anonymous Anónimo said...

De acordo, Rui!
A vida é mesmo assim! No final de cada ciclo algo morre, tem de haver uma sensação de perda. Porém, no início de cada novo ciclo (há sempre um novo a suceder àquele que termina) há coisas novas a apreender e reter, e há concerteza muito a ganhar também. É com esse espírito que devemos encarar a mudança...
Beijinhos e até sexta!

 
At 29 julho, 2008 18:00, Anonymous Anónimo said...

Obrigado Rui...
são estas coisas que nos dão forças para continuar...sempre...
beijocas
Vera

 

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