quarta-feira, julho 05, 2006

O final mais perto

Costuma-se dizer que tudo tem um fim. Relaxem que não estou para aqui a anunciar o fim de nada, todavia, este artigo serve apenas para fazer uma reflexão minha sobre o que foi este ano magnífico, com as danças de salão bem no centro. Chegamos a Julho, o pessoal já só pensa em férias, no meio disto tudo, as danças vão a bom ritmo e não é que o nosso mestre anuncia que as aulas acabam agora e voltam somente em Setembro. De repente, aos nossos ouvidos a novidade soa a uma interrupção demasiado longa! Filipe, não queremos que acabem os bailes de sexta, de segunda, de quarta, de todos os dias. Queremos a nossa vida inundada pelas danças sempre. Já só vivemos para elas, já só respiramos o calor húmido das latinas e a leveza fresca das clássicas!


Compreendo que os professores tenham direito a férias. Foi um ano repleto de alunos, com turmas a abrirem aos magotes, S. Adrião a rebentar pelas costuras, um entusiasmo redobrado, um Populum compacto às sextas, jantares sem fim, mas, simplesmente, o baile de sexta e todos os outros bailes não podem acabar assim. Estou desesperado, com quem vou treinar os passos que aprendi novos? O Titanic e os walks da Rumba, o huit e o ataque do Paso Doble, a auto-estrada e a romântica do Bolero, o open reverse turn da Valsa Inglesa, o bota-fogo e as faces do Samba, o Rock e o pião do Tango...


Para mim, dez meses de descoberta, para outros mais, para outros menos! Setembro parece longínquo e os primeiros passos nas danças de salão uma infância perdida. O baile de sexta foi a minha escola, religiosamente de semana em semana, a ânsia que a sexta seguinte chegasse bem depressa. A semana de trabalho que teimava a passar vagarosamente e o jantar que se engolia rapidamente para não perder pitada da aula. Os amigos que se foram encontrando, primeiro timidamente, a partir de sorrisos nervosos, de meias palavras que se cruzavam entre danças, de mãos que se tocavam em excesso de formalidade, depois em família, um grupo que crescia junto, os passos que começavam a sair certinhos com os incentivos de uns e de outros, as saídas extra aulas, os aniversários e festas, os jantares da escola, a música no carro, em casa, no trabalho, os CDs dos amigos, as trocas de mensagens, os emails, enfim, o blogue.

Nas histórias de amor há sempre um final feliz, quero acreditar que sim! A boa notícia é que os professores resolveram prolongar os bailes de sonho e transformar todos os bailes num só – o baile de quarta até final de Julho. Por isso, não desesperem como eu e dêem um salto até S. Adrião nas próximas quartas à noite, mesmo que a selecção não ganhe hoje, gastem os últimos cartuchos de emoção e bailem sem parar. Em Setembro há mais mas, para quem já vai de férias, não deixe de comparecer ao jantar de encerramento na Quinta da Aldeia, em Vila Verde, na próxima sexta, 7 de Julho. Promete ser de arromba, com mais de trezentos bailarinos a dançar em versão MP3!

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