segunda-feira, junho 04, 2007

É apenas dor!

Faz parte do processo criativo um ciclo de avanços e recuos ou um percurso que se vai fazendo com extremo empenho seguido de um longo período de desolação. Na dança, como na arte em geral, a aprendizagem consome as energias não só nos momentos mais efusivos mas também no vazio do inexpressivo. A alegria maior advém precisamente de um processo criativo que teve os seus altos e baixos. No final, o êxtase que arrebata o artista resume essa dualidade. A arte feita de alegria e paixão, mas com muito sofrimento e desolação pelo meio.

Um cientista famoso afirma convictamente que na investigação científica apenas 10% reflecte inspiração, os outros 90% são transpiração. Para se atingir a quase perfeição artística, o mesmo trabalho é exigido ao artista. Suor, muito suor e um leve toque de inspiração que marca a diferença entre a obra de arte e o trabalho comum. Aos dançarinos pede-se muito suor, sapatos bem gastos, trajes rasgados e divertimento, na certeza, porém, que a desolação faz igualmente parte do processo. Sentir a dor apenas, only pain, como canta a Katie Melua:

http://www.youtube.com/watch?v=iOIZRu1G1As

De Campos




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