sexta-feira, janeiro 25, 2008

O Créu

Estão de volta os bravos expedicionários que tentaram reconquistar o Brasil.
Todos vivos e sem pulgas, pelo menos nas zonas visíveis, pelo que está acautelado o essencial.
Morenos nas partes posteriores, facto que indicia que saíram chamuscados do calor das batalhas travadas. Ou isso ou passaram o tempo de costas em terreno inimigo!


Sobre conquistas nada se sabe e em lugar de evangelizar, parece que foram evangelizados.
Na verdade, não só não fizeram crentes, como até trouxeram o créu.
Vem loucos. Não falam de outra coisa.
O créu é jovem.
O créu é simpático.
O créu é saudável.
O créu é fogo.
O créu mexe-se bem.
O créu agrada a toda a gente e toda a gente o percebe.
O créu mexe-se em cinco velocidades, mas parece que nem todos conseguem lá chegar.
Quem tiver vontade e coragem de conhecer o créu, é só ligar:


http://www.youtube.com/watch?v=ej_bjtmsoTI


Fernando Vilas Boas

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Idade adulta


Lembra-me de ser criança e desejar ser adulto.
Se como criança tinha de obedecer aos adultos, como adulto obedeceria a mim próprio. E ficaria livre para fazer o que mais gostava: brincar!
Mas ao mesmo tempo não via os adultos brincar, pelo que enfrentei o primeiro dilema de que me lembro: como ser adulto para mandar e ser criança para brincar.
O medo de crescer e deixar de ser quem somos.
De crianças passamos a adolescentes e continuamos com o mesmo medo e as mesmas dúvidas.
Acho que até aos 20 anos queremos ser mais velhos e depois dos 30 queremos ser mais novos.
Passamos metade da corrida a acelerar para andar depressa e outra metade a travar para abrandar.
E pensamos que somos adultos quando ultrapassamos a fase das dúvidas.
Pura ilusão. Nunca sabemos exactamente o que queremos.

Não há critérios seguros para saber quando somos adultos.
Para grandes males, grandes remédios…
Como sou adepto de coisas simples, proponho como critério para definir quem é adulto o seguinte:
Adulto é quem não necessita de olhar para o papel higiénico para saber quando tem o rabo limpo.
Sei que é discutível, mas…


Fernando Vilas Boas

sexta-feira, janeiro 11, 2008

A linha de dança


A dança segue normalmente uma linha que fica paralela às paredes da sala.
Por vezes esqueço-me dos passos e dos movimentos.
Basta-me uma noite mal dormida.
É difícil fixar tudo, sobretudo depois de uma semana de trabalho.
Nessas alturas penso em desistir da dança.
Afinal, a vida limita-nos as escolhas.
Não chega o tempo para tudo.
Mas o importante é que saibamos onde queremos chegar.
Um escritor australiano (Morris West) fala num dos seus livros de umas crianças deficientes que passam o tempo alegremente e sem consciência dos problemas que as rodeiam.
Carinhosamente, chama-lhes (tal como o livro) «Os Palhaços de Deus».



Mas as pessoas “normais” têm obrigação de estar atentas e conscientes.
Porém, quantas vezes, por cansaço ou por qualquer outra razão, saímos da linha de dança e passamos a agir apenas como palhaços de deus.

Fernando Vilas Boas

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Respirar


Uma nova aurora em 2008. Finalmente o ar tornou-se respirável nos cafés. Finalmente posso ir a um restaurante sem ter a procupação de olhar para o lado, ou para a mesa mais próxima, com receio que alguém me possa estar a incomodar com o fumo. Finalmente posso ir ao Populum dançar e apenas sentir o odor dos corpos em movimento, sem constrangimentos, sem irritações, sem nuvens de fumo tabágico a pairar no ar. Tirania para alguns, libertação para mim. Obrigado União Europeia por uma lei que cobardemente foi sendo adiada por políticos sem coragem!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Os Reis Magos




Definitivamente os Reis Magos foram banidos do mapa. Agora com o sistema GPS não há segredo nenhum que possa ser bem guardado e qualquer um se pode pôr a caminho sem precisar de uma estrela que o guie. Mas será mesmo assim? O nosso pendor tecnológico faz-nos simultaneamente completamente dependentes da técnica. Os presentes de Natal deram lugar a sofisticados jogos e consolas, a telemóveis com cada vez mais funções que nós não precisamos, a máquinas digitais com cada vez mais número de pixéis e a aparelhos de GPS que nos dão a sensação de estarmos sempre muito achados. Porém, andaremos na realidade pelo caminho certo? Serão as engenhocas electrónicas a panaceia para todos os males? Pela parte que me toca, confesso que ando meio perdido, mesmo com GPS disponível. E a necessidade de me pôr a caminho como os Reis Magos, de seguir a estrela, de confiar no imensurável é maior do que nunca!

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Ano novo Vida nova


No final de 2007, ouvi por acaso um astrólogo fazer previsões para 2008.
Nunca perdi tempo com isso, nem dou muito importância.
Mas como previa um bom ano para o signo da balança, fiquei obviamente satisfeito.
No fim do ano, recebi e enviei algumas mensagens e telefonemas, com votos de muita prosperidade, sucesso, dinheiro, etc.
Numa dessas mensagens um amigo pedia mesmo o envio de “dinheiro, bebidas alcoólicas e gajas boas” em 2008, pois que os votos de prosperidade desejados para o ano de 2007 não tinham resultado.


Ora, começou o novo ano e logo nos dois primeiros dias, passei longas horas no hospital.
Fez-me pensar que devemos ter atenção ao que desejamos.
Na verdade, os desejos são uma coisa perigosa, porque se podem concretizar.
Por vezes é uma sorte não receber o que pedimos.
O segredo para conseguir o que queremos passa também por querer o que devemos.
Desejamos muito do que não faz falta.
A conclusão que chego é que comecei o ano da melhor maneira, com os pés bem assentes.
Porque tudo o que nos acontece tem utilidade.
Parece-me que o astrólogo tinha razão.
Acho que vou ter um bom 2008.
E já agora, gostava de ter tempo e oportunidade para experimentar também as latinas.


Fernando Vilas Boas

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