quinta-feira, novembro 30, 2006

Mamma Mia

Neste universo das danças de salão sabe bem constatar como o convívio entre pares não se limita unicamente ao baile propriamente dito. Tem-se assistido a um crescendo de actividades paralelas que de uma forma mais ou menos espontânea tem prolongado a alegria de dançar. Não são só as actividades radicais ou os bailes e jantares dançantes que têm feito a festa, mas também os encontros em pequenos bares e cafés da cidade têm promovido o convívio extra aulas e até uns passinhos a mais, só para inglês ver. Recordo-me que quando iniciei esta aventura há mais de um ano, era frequente a minha turma continuar o entusiasmo do baile de sexta nas noites de sábado. As saídas eram espontâneas e aconteciam através de um telefonema rápido, meia hora antes, por parte quase sempre do Miguel, o nosso tuno oficial, companheiro de farras e principal aglutinador de massas. “Onde vamos jantar?”, era a pergunta que se impunha e quase sempre a resposta revelava o restaurante Anjo Verde, um distinto restaurante vegetariano, muito perto do Populum, por razões mais que óbvias!

O Anjo Verde continua a ser um dos meus restaurantes predilectos em Braga, mas ultimamente são raras as ocasiões que nos reúne lá em grupo. Alguns dançarinos, demasiado presos aos hábitos de consumo carnívoro e a um alto nível de excitação prévia através do álcool, recusam sistematicamente convívios mais saudáveis. Como alternativa a corresponder minimamente ao nível que se impõe, descobrimos ultimamente o Mamma Mia. É um restaurante quase a cem por cento italiano e resulta da vontade de um gerente e de um cozinheiro, italianos com certeza. Gianfranco e Rocco combinam na exacta perfeição a simpatia e a arte de saber receber tipicamente italianas. O Gianfranco faz questão de receber os convidados de braços abertos e de se despedir sempre com uma brincadeira ou um gesto carinhoso que produz proximidade. Logo à entrada é possível admirar os produtos gastronómicos transalpinos em exposição e que Gianfranco garante serem exclusivamente utilizados na culinária do seu restaurante. Lá estão os vinhos e as massas italianas, bem como os Panetone!


Já bem instalados, o Gianfranco brinda a todos os seus convidados com umas tostas recheadas com tomate e anchovas. Entretanto, resta-nos escolher de um menu que contempla não só os pratos do dia, entre pastas e rizottos, mas pratos fixos que já fazem furor entre os frequentadores do restaurante. As pizzas são enormes, esculpidas em massa fina e recheadas com o mais suculento queijo mozzarella. Das massas nem é bom falar, tal é a variedade. Uma coisa é certa, seja em formato canneloni, fuzilli ou macarroni são uma delícia al dente, sempre bem condimentadas pelos sabores de Itália, a começar pelos tomates frescos. O vinho é italiano, mas também há o português, com nomes esquisitos e de quem nunca ninguém ouviu falar! O Gianfranco recomenda naturalmente o vinho italiano e de preferência o Bardolino, da região de Verona. As sobremesas também são um achado. Desde o célebre tiramisu, aos profiteroles, passando pelo Cheese Cake, com o sabor forte do queijo Ricota! Antes de despacharem a conta, por sinal razoável, entre os dez e os quinze euros, o Rocco vem da cozinha até à vossa mesa agradecer a vossa presença num italiano engraçado e convidativo. Juntem-se a nós e apareçam num qualquer sábado, naturalmente entre pezinhos de dança, no Mamma Mia em Gualtar!

De Campos

quarta-feira, novembro 29, 2006

Workshop de Tango Argentino

17-18 de Fevereiro 2007, Hotel Guest Gardens
Josée Kempe

35 Euros/Pessoa
Máximo de 20 pares

O tango é uma dança em que os ritmos do violino, bandónio e piano se
misturam não havendo uma ordem de passos pré-estabelecida. O cavalheiro
sugere e a dama aceita este convite tomando o seu tempo na execução do
passo. O cavalheiro poderá mudar de direcção. Cada passo é uma aventura de
improvisação, sentimento musical e entendimento a dois.

Josée Kempe irá dar uma introdução ao Tango Argentino e a arte de improvisar
na dança. Será objectivo que no fim deste workshop, os participantes possam
dançar num salão compacto cheio de gente.

Josée Kempe ensina Tango na Holanda e Alemanha há 10 anos. Os seus métodos
baseiam-se em dançar ao ritmo da música, em que cada passo é uma figura. A
expressão individual na dança é feita a partir de conceitos simples, sem
coreografias pre-determinadas. Josée ensina Tango a grupos de adultos e
adolescentes. Leccionou vários seminários para empresas em que o tango é
usado como veículo de comunicação interpessoal. O seu maior desafio é
transmitir as subtilezas do tango a grupos culturalmente diversos.

Serão organizados 2 grupos com o máximo de 10 pares cada, para maior
efectividade. Para cada grupo haverá uma sessão de 1,5 h no sábado e outra
no domingo (17-18 de Fevereiro 2007). Em ambos os dias haverá salão aberto
para pôr em pratica o que se aprendeu no fim do worskhop. No domingo a
prática incluirá jantar/buffet. O workshop será leccionado no salão do Hotel
GuestGardens que se situa junto a entrada do Parque do Bom Jesus.

Tipicamente os horários serão:
Grupo I: Sábado 14:30 - 16:00, Domingo 16:30 - 18:00
Grupo II: Sábado 16:30 - 18:00, Domingo 14:30 - 16:00
Pratica/Sábado: 18:30 - 20:00
Pratica/Milonga/Domingo: a partir das 18:30 com buffet convívio servido a
partir das 20:00.

http://www.guestgardens.com
http://www.joseekempe.nl/

Contacto: Artur Cavaco-Paulo, artur@bragatel.pt









terça-feira, novembro 28, 2006

Sem Palavras!

No baile de segunda é uma das rainhas. Imparável nas valsas, a Cidália espalha o charme e a simpatia por todo o salão. Sempre que pode vem dar um pezinho de dança a outros bailes de S. Adrião, mas os afazeres profissionais e as deslocações ao fim de semana dividem-na e deixam os salões de baile infinitamente mais pobres sem a sua presença. Apesar do seu par ser já conhecido pelo entusiasmo desmedido pelas danças de salão, a Cidália rivaliza em dedicação e faz-se acompanhar por um grupo cada vez maior de fãs cavalheiros que não hesitam em resgatar a Señorita para mais uma dança.

Essa rosa na boca quer significar algo mais que a paixão intensa que tens pelo Tango?

Já decidiste a quem vais conceder o próximo Tango? Há uma fila de cavalheiros desesperados!

Estás disposta a aceitar substituir a tia Catarina no concurso televisivo de danças de salão? É que já ninguém pode com ela!

Os tons quentes do Tango ou do Paso Doble libertam uma sensualidade imanente em ti?

Gostavas de concorrer ao Dança Comigo? Já tens um par definido?

Eras muchacha para bailar o Paso Doble com o Joaquin Cortez?

Cidália

entrevistada por

Madame X

segunda-feira, novembro 27, 2006

Vamos dançar até Mogadouro?

Há uns dias, num destes últimos sábados, aceitei o convite da Carlita e fui assistir às aulas das duas turmas que ela tem em Mogadouro… Nunca pensei que Mogadouro ficasse tão longe…

As turmas são de nível 1 (das 18h00 às 20h00) e de iniciação (das 20h00 às 22h00).

Pois bem, metemo-nos à estrada e saímos de Braga às 14h00, para chegarmos a Mogadouro perto das 17h30, pois é, tantas horas de caminho.

A primeira placa a indicar Mogadouro só aparece em Macedo de Cavaleiros!

Depois de passarmos terras com nomes estranhos, como Olmos e Chacim, encontramos um ninho de cegonha! É fantástico o que se encontra por estes caminhos.

Lá chegamos, sãs e salvas, a Mogadouro e logo, logo, o esforço do caminho parecia ter valido a pena. O entusiasmo e a alegria contagiantes da turma do nível 1 faziam compensar a cor verde que o meu rosto ganhou com as curvas e as contracurvas do caminho.

Tivemos direito a cha cha cha e samba! A Carlita brilhava a ensinar aos seus alunos os passos destes dois estilos e os alunos respondiam com vontade de voltar a Braga para mais um jantar de Gala.


Nessa aula, até tivemos direito a fotos que, todos vaidosos, os alunos insistiam em mostrar. Fotos de Braga e do Baile de Gala da Quinta da Aldeia!

Depois de um pequeno intervalo, era hora de começar a aula de iniciação. Os alunos, esses tinham chegado bem cedo, ainda no decorrer da aula anterior.

Uma fatia de salame de chocolate e a Carlita estava pronta para mais duas horas a dançar!

Cha cha cha, Bolero e muitas gargalhadas com alguns passos trocados. Uma menina baixinha a fazer de cavalheiro e mais umas fotos para o artigo do Blogue.

Por volta das 22h15 estava na hora de voltar para Braga.

Não quero deixar de agradecer aos vários alunos de Mogadouro a forma como receberam esta intrusa nas suas aulas e também as dormidas que puseram à nossa disposição!

O mau tempo que encontramos pelo caminho tornou a viagem ainda mais demorada. Quase 4 horas e meia de caminho para chegarmos a casa!

Mas vínhamos contentes, é Bom partilhar momentos destes com uma grande amiga e é óptimo ver como as danças de salão alegram tanta gente, até em Mogadouro.

Boa semana e boas danças J

Valsita

sexta-feira, novembro 24, 2006

Instantes





quinta-feira, novembro 23, 2006

Postura

Muitos dançarinos parecem ou demasiado rígidos ou descontrolados. Os que parecem demasiado rígidos mantêm os músculos tensos em vez de segurarem o corpo numa posição natural erecta, sem levantarem os ombros ou atirarem para fora o peito. Por outro lado, ombros descaídos, braços sem força e músculos do estômago flácidos dão uma aparência descontrolada. Os braços e os ombros devem ser mantidos para cima sem levantar os ombros. A senhora não se deve apoiar no seu parceiro, quer pesando sobre ele os braços ou segurando-o firmemente. A sua mão esquerda deve repousar levemente no antebraço dele, os dedos delicadamente juntos e fechados. É uma boa ideia pensar no músculo do diafragma como o centro de controlo de todo o corpo.


As falhas que se aplicam ao corpo aplicam-se também às pernas, i.e., rigidez e falta de controlo. Os movimentos das pernas devem ser livres e a partir das coxas e não dos joelhos. Um movimento natural e envolvente deverá ser utilizado em cada passo. Os pés devem ser mantidos para a frente. Pés para fora são uma falha comum entre principiantes: para corrigir esta tendência, pratique o caminhar ao longo de uma rua. Se conseguir fazer isso, conseguirá dançar muito melhor. Tente sentir os seus pés a cruzarem entre si à medida que dança passos para a frente e para trás. A utilização correcta dos tornozelos também é importante. Quando tiver alcançado a extensão total de uma passada para a frente, o tornozelo do seu pé anterior deverá ser esticado com apenas os dedos dos pés a tocarem o chão, não a planta do pé, antes de mover o pé dianteiro para a sua posição seguinte.

Victor Silvester, Modern Ballroom Dancing (Ebury Press 2005, p. 46)

Traduzido e adaptado por

De Campos


quarta-feira, novembro 22, 2006

Adeus

Em primeiro lugar gostaria de dizer que este não é um adeus reservado às danças de salão, paixão continuada na minha vida. É antes um adeus triste e saudoso a alguém. Um até sempre porque tenho a esperança de o poder encontrar novamente, pois acredito piamente na vida com sentido e para além da morte. Nem sempre podemos falar de coisas alegres como quando se passa um serão a dançar. Às vezes a tristeza bate à porta e consegue ser terrivelmente dolorosa. Não pede com licença, nem sequer está interessada em saber se estamos preparados para a sua vinda. Simplesmente entra e instala-se de malas e bagagens. A morte de alguém querido é um mistério. Uma profusão de sentimentos todos eles profundamente intensos, pessoais e únicos. Um sentimento de perda pela falta que o outro nos faz, que já não está mais aqui e a quem poderíamos ter dito tanta coisa que não foi dita porque perdemos o tempo com as nossas preocupações, os nossos interesses e as nossas futilidades. Um vazio de alma por sentir que realmente pouco sentido tem em estar agarrado às coisas materiais deste mundo, que a vida se esvai num instante e que para debaixo da terra já só vai o corpo em processo de decomposição. Uma angústia colada por sentirmos que podíamos ter feito muito mais, que podíamos ter dedicado mais tempo.

Não posso sequer imaginar a dor que alimenta o dia a dia do meu amigo. Acabou de perder o pai. Ir ao funeral foi um exercício para mim de solidariedade mas também de egoísmo. Solidário para com o meu amigo, pude rever o filme da nossa infância, os nossos melhores momentos juntos, as brincadeiras na casa dele, as festas de anos e a presença do pai, sempre apaziguadora, compreensiva e dedicada. A simpatia com que o pai me recebia no local de trabalho quando eu procurava pelo meu amigo, braços abertos, a generosidade em pessoa. Um homem que transbordava de bondade. Ali na cerimónia fúnebre penso, e se fosse o meu pai? Um dia, inevitavelmente, todos morremos. Como o tempo passa depressa. Agora já só reencontro os meus amigos de infância em casamentos ou funerais. Vivemos para a profissão, casamos ou não, temos filhos ou não, acompanhamos os nossos pais na última etapa, para também nós um dia partirmos.

De Campos

terça-feira, novembro 21, 2006

Sem Palavras!

O Rei do Salão não tem parado muito por S. Adrião. Está muito concentrado no nível superior em que agora dança, de tal modo que já não tem tempo para visitar os mais novitos nestas andanças. Falo naturalmente do Alcino um exímio dançarino, que neste Verão mostrou a um leque mais alargado de amigos os seus dotes culinários. Um verdadeiro artista dos tachos! Quem quiser experimentar um porco assado cozido a lenha lentamente, fale com o Alcino que o mestre ainda tem tempo para preparar uma sobremesa! Não há nenhuma dama que não esteja desejosa de dar um pezinho de dança com o mestre também das danças, que para além se ser a simpatia em pessoa, já revelou ter talento para explicar passo a passo a arte do salão a muitos e ansiosos dançarinos.

Tens saudades dos fins de tarde lânguidos do Verão?

O que vais fazer ao porco que ainda sobrou das guloseimas de Verão?

É mesmo verdade que língua de vaca estufada é o teu prato preferido?

Qual das tuas admiradoras vais escolher para dançar um tango e comer uma sobremesa?

Se te convidassem para um bailinho deixavas logo o que quer que estivesses a fazer?


Alcino

entrevistado por

Madame X

Timemachine



23 e 24 de Novembro – 22h00
Timemachine
Joana Antunes

Dança
Pequeno Auditório, Centro Cultural Vila Flor
Preço: 5,00 €


Joana Antunes, jovem bailarina e coreógrafa de Guimarães, faz a estreia nacional da sua última criação, Timemachine, no Centro Cultural Vila Flor, no próximo dia 23 de Novembro. Com este projecto, “A Oficina” reitera a aposta no apoio a novas criações de jovens artistas.

A pretexto da temática das relações a pares, nas suas várias combinações possíveis, Joana Antunes constrói uma coreografia que explora ao limite as combinações dos elementos que a compõem, bem como a relação entre a vivência e corporalidade de cada intérprete e as características predefinidas de cada personagem.

Timemachine é um projecto de dança, multidisciplinar, sobre a temática das relações homem-mulher, homem-homem, mulher-mulher, homem-máquina, mulher-homem-máquina, seguindo a trajectória dramática definida em “A Erva Vermelha”, de Boris Vian (1950). Como objectivo, Joana Antunes tem, neste projecto, encontrar o artifício entre diferentes formas de linguagem e a reacção química do seu resultado. A química do intérprete com o movimento, do movimento com a voz, a química dos espaços imaginários com os físicos, a química da poesia do corpo com a poesia das memórias impostas por cada um dos personagens predefinidos pelo autor, a química dos limites. A química da adrenalina quando se procura conscientemente o descontrolo do corpo, a química da serononamina do território cénico como caixa magica de repetições de uma história dançada. A química das pequenas coisas...e a física da improvisação.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Valsa…

Que a Valsa é o meu género de dança preferido, já não é segredo para ninguém… e hoje preferi dedicar o artigo desta semana a este meu prazer J

Fomos encontrar na net alguma documentação que gostaríamos de partilhar com vocês sobre este estilo e as suas origens.

Esta dança teve Origem nas danças camponesas tradicionais austríacas

No entanto, durante meados do Século XVII, a “allemande” já antecipava alguns aspectos, a valsa. Carl Maria von Weber,com as suas “douzez Allemandes” e mais especificamente com o “Convite à dança” (também conhecido por Convite à Valsa) de 1820, pode ser considerado um dos pais do género.

Originalmente dançada como uma das figuras da contradança, com braços entrelaçados ao nível da cintura, tornando-se uma dança independente com contacto mais próximo entre os parceiros.

No final do Século XVIII a antiga dança campesina passou a ser aceite pela alta sociedade, especialmente pela sociedade Vienense.

O seu nome “Valsa” ou “Waltz” tem origem no alemão “Walzen” que significa girar ou deslizar, e é uma dança de compasso ternário com acentuação no primeiro tempo e com um padrão básico de passo-passo-espera, resultando num deslizar magnífico pelo salão.


Os principais compositores de Valsa são sem dúvida os Strauss. Este estilo foi mais tarde reinterpretado por compositores como Chopin, Brahms e Ravel.

Posição do Casal na Valsa (pode ser útil nas nossas noites de Baile no Populum) J

Posição

Cavalheiro

Senhora

Pernas

Pés em anexo e ligeiramente dobrados nos joelhos (flexibilidade)

Pés em anexo e levemente dobrados nos joelhos (flexibilidade)

Corpo

Direito em contacto com a Senhora

Direito em contacto com o Cavalheiro

Membros

Mão direita na costas da Senhora (colocada sobre a sua omoplata esquerda)
mão esquerda na mão direita da Senhora (ao meio, a altura dos ombros).

Mão direita na mão esquerda do cavaleiro
Mão esquerda sobre o braço direito do cavaleiro (ao meio, a altura dos ombros)

Cabeça

direita (olhar excesso o ombro direito do parceiro)

Direita (olhar excesso o ombro direito do cavaleiro)

Partida

Com pé direito

Com pé esquerdo

Boa semana e Boas Valsas J

Célia Oliveira

Tradução dos textos originais por Filipe Marinho

sexta-feira, novembro 17, 2006

Diário de um Tanguero em Buenos Aires



Domingo 5 de Novembro

17:00 Estou de novo no atelier da Mariana para mais 2 horas de Tango. Ai, estou a caminhar, caminhando e caminhando, com o “panca” para trás e na posição de abraço. Aprendo o contrapasso, o transpie!

22:00 Estou na Milonga EL beso. Danço com várias mulheres, de alguma idade, “alguma connexion” pero ay ai mucho tango para mi, mas mi devirto mutichissimo!

Segunda 6 de Novembro

Corro Buenos Aires à procura de sapatos de dança, cosa difícil, tenho a sensação de ser o turista que vou ser enganado! Não compro sapatos.

15:00 Estou de novo no atelier da Mariana para mais 2 horas de Tango. Estou estourado e peço à Mariana várias vezes para parar a aula para poder descansar. Ela põe Neo-Tango, mais relaxante, no fim animo, aprendo a caminhar, a corrigir a postura, a técnica. Caminho em frente da Mariana com uma bola entre o nosso peito, lá vai ajudando e outra bola entre a minha mão e a dela, de modo que a força seja a exacta, i.e., dar as indicações correctas à mulher.

22:00 Estou dentro do táxi a caminho do Club Malcom para a Milonga do Tango Cool, cheio de varridas, ganchos, molinetes e outras figuras de estilo. Danço com uma japonesa (muitos nas milongas por onde passei) que, no geral, são obedientes e no fim fazem um sorriso agradecido e eu fico com a alma contente porque penso que gostaram de dançar comigo. Nunca sei se hay connexion!

24:00 Estou no Salon Canning outra vez! Muitos estrangeiros e eu estou morto de cansaço! Danço 3 a 4 vezes, mas a connection nao es buena! My vou a acostar as 3 da manana.

Terça-feira 7 de Novembro

Vou para o Congresso de Química Têxtil da América do Sul (principal razão porque vim a Buenos Aires). Revejo velhos amigos brasileiros mas às 19:00 estou de corrida para a aula da Mariana. Explico que a noite anterior não foi boa na Milonga. Aprendo a fechar no Tango e sugere-me que descanse.

22:00 Teimoso como sou, passo por El beso, que es mui cerca de mi Hotel. Danço um Tango com uma Francesa que tem mais de 10 anos de Tango, uau, que buena connexion. Não danço com mais ninguém e me voy a acostar pronto porque manana es mi conferencia.

Nota: Connexion entre Hombre e Mujer no Tango: significa o entendimento no sentir da música e a sua expressão na Dança, nada mais que isso, aliás, a etiqueta do Tango diz que só se deve dançar uma vez por noite com uma mulher desconhecida, a não ser que exista algo de mais!

Artur Cavaco Paulo

Fotos do Salon Caning
http://www.tango-argentino.hr/caning.htm
Ver o Video no YOUTube de by Puppy Castello and Geraldine Rojas
Em Salon Caning.

Tango etiquette
http://www.tangospring.com/tangoBlogTopicEtiquette.htm

Osvaldo Pugliese
http://www.todotango.com/english/creadores/opugliese.html

Mariana Sosa

http://www.marianasosa.com.ar/

quinta-feira, novembro 16, 2006

Radical

O próximo dia radical é já a 26 de Novembro, um Domingo que todos esperamos que repita a proeza do anterior e traga muito sol e temperatura amena! Para os indecisos ficam aqui algumas fotos gentilmente cedidas pela Sambita, uma adepta fervorosa destas actividades radicais, provando que não é somente uma exímia dançarina, mas também uma Comando destemida, tão destemida que até já se inscreveu para o próximo dia radical. O Filipe aceita inscrições, corram já para o vosso baile e deixem o vosso nome, vale mesmo a pena! Entretanto, estão também abertas as inscrições para o fim-de-semana em Dezembro no Fundão, com direito a jantar de gala e baile no Sábado, dormida em Hotel quatro estrelas e prova de vinhos e enchidos no Domingo. Quem quiser experimentar a loucura da viagem até ao centro do país, aguce a curiosidade lendo o que por aqui se escreveu sobre o Fundão em meados de Agosto! O Zacarias está à vossa espera para mais inscrições!

Madame X



quarta-feira, novembro 15, 2006

O Baile da Batatinha Palha

No passado sábado realizou-se mais um animado Baile Dançante da nossa escola de Danças de Salão.

Mais uma vez, todos aprumadinhos, lá fomos nós em roupa domingueira, para a Quinta da Aldeia.


Já fui a vários jantares destes, e confesso que já começava a faltar motivação para ir. Mas a verdade é que este jantar valeu pela animação dos alunos.

Estavam imparáveis, principalmente os alunos das turmas de iniciação de Mogadouro, que fizeram kilometros para estarem presentes. Notava-se o entusiasmo da primeira vez… a alegria de pôr em prática os primeiros passos de chachacha aprendidos nas primeiras aulas.

Uma alegria… Tanta animação até nos fez esquecer a batatinha palha que nos serviram ao jantar...

Sim, este jantar não brilhou na alimentação… Servir batatinha palha como acompanhamento num jantar, supostamente, de Gala, não fica muito bem. Todos vestidinhos a rigor, todos a brilhar, para comer batatinha palha… não combina.

Mas como nem só de comida vivem estes jantares dançantes, temos que concordar que (quase) tudo o resto correu bem. Até as cotoveladas durante a roda do casino…

Gostei muito da exibição de Salsa, por parte dos novos professores de Latinas. Pena ter sido feita antes da Valsa… Lá está. A abertura de um baile é tradicionalmente com uma Valsa…

De resto, não podemos esquecer a animação dos professores, que também estiveram muito bem.

A animação, apesar de tudo foi fantástica. E a festa durou até de madrugada…

Boa semana!

Célia Oliveira

terça-feira, novembro 14, 2006

Sem Palavras!

Sábado foi a noite das estrelas das danças de salão em Braga! Cumpri a minha obrigação e rumei até ao baile para entrevistar propositadamente uma estrela natural e que não precisa de apresentações. Pela sua candura e gentileza assume espontaneamente a pose mais magnífica nas danças. Uma postura principesca que deixa qualquer um nervoso e até mesmo a entrevistadora. Tentei a minha sorte e consegui estar em frente desta diva das Valsas. Por onde passa ilumina o caminho com os seus passos principescos. Falo naturalmente da Lux, promissora bailarina, com um ano de treino nos salões, mas com imensa vontade de agarrar a dança até à exaustão e de a levar com carinho para o resto da vida!

Para onde vagueia o teu pensamento quando valsas?

No baile e no dia radical vi-te a dançar e a remar com cavalheiros totalmente encharcados? És um ser aquático?

Quando deixas os salões, pensas nos cavalheiros que quiseram ardentemente dançar contigo e não o conseguiram?

Quando voltas como encaras o salão e os cavalheiros de coração destroçado?

Estás disposta a entrar num concurso de danças de salão acompanhado pelo Richard Gere?

Lux

entrevistada por

Madame X

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