sexta-feira, junho 20, 2008

O tu e o você

Não me considero velho, mas às vezes lá aparece um ou outro colega que me deve ver como tal.

De qualquer modo, não gosto de formalismos, sobretudo no mundo das danças.

A propósito das diferenças de tratamento, deparei-me com o seguinte:

O Director Geral de um Banco, estava preocupado com um jovem e brilhante director, que depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o Director Geral do Banco chamou um detective e disse-lhe:

- Siga o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.

O detective, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:

- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.

Responde o Director Geral:

- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.

O detective pergunta-lhe:

- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?

- 'Sim, claro' respondeu o Director surpreendido.

- Então vou repetir: o Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.


Moral da história:

«Informal sim, mas nem tanto»


Fernando Vilas Boas

quarta-feira, junho 11, 2008

O Novelo

Vamos imaginar um novelo de lá, enrolado fazendo uma bola.

Alguém segura a ponta do fio e lança o novelo, que vai rolando e desenrolando.

Agora podemos pensar em cada um de nós como um desses novelos, lançado à procura do seu caminho.

Somos novelos de várias cores, mais ou menos garridas, uns com mais outros com menos fio, uns mais apertados e outros menos. Todos diferentes.

O nosso novelo vai-se desenrolando.

Por vezes cruzamos uns com os outros e fazemos um trajecto juntos.

Ora nos aproximamos, ora nos afastamos, ora nos reencontramos.

Neste desenrolar, vamos tecendo uma teia.

Foi assim que nasceu e se mantém o baile-de-sexta.

Uma teia que uniu um grupo.

Mesmo os que se afastaram ficaram presos e regressam periodicamente.

O Rui já falou na Conguito.

A ela e a todos os outros: desenrolem-se para o nosso lado.


Fernando Vilas Boas


sexta-feira, junho 06, 2008

Volta Conguito

Quase a fazer três anos de existência enquanto aula regular à sexta-feira, o baile de sexta foi sofrendo transformações com a saída de muitos membros do grupo inicial e com a entrada de novos elementos, que vieram dar nova cor e novo fôlego ao salão de danças. Uma das figuras mais carismáticas do baile de sexta, sem desprimor para todos as restantes, já não aparece há algumas semanas. Quando a ausência se torna prolongada passa a ser preocupante, porque o entusiasmo esmorece. Só a Conguito sabe verdadeiramente as razões que a levaram a ausentar-se. O que me leva a escrever este artigo é somente a saudade que tenho de dançar e conviver com a Conguito. Para além de uma dançarina nata, com especial talento e sensibilidade para as danças de salão, iludindo habilmente o cavalheiro na sensação de que é ele o líder, a Conguito brilha no salão, dotada que é de graciosidade e renovada aparência. Vale a pena também recordar que sempre que houve convívios e festa, a Conguito primou sempre pela presença em destaque, brindando sempre os colegas com momentos de pura alegria e o mais requintado humor. Não querendo de forma alguma que estes desabafos sejam mal interpretados e soem a memorial post mortem, o meu desejo, o nosso desejo é só um, volta Conguito!

terça-feira, junho 03, 2008

Conselhos a um dançarino aselha


Antes de mais, fica a minha plena solidariedade nesta nossa luta inglória para saber dançar.

Numa tentativa para minorar o teu sofrimento, deixo alguns conselhos:

1. Não te preocupes por não saber dançar: não vais dançar melhor por isso, mas pelo menos ficas mais leve.

2. Usa o equipamento adequado: também não vais dançar melhor, mas podes crer que uma boa indumentária te dá um ar mais profissional.

3. Mantém sempre a postura: não danças melhor, mas asseguro-te que as asneiras vão sair com outro requinte.

4. Faz tudo em grande estilo: as bacuradas poderão ser confundidas com um passo novo.

5. No meio não está a virtude: o importante de qualquer passo é que acabes ao mesmo tempo que os outros. Isso não vai emendar a asneira anterior, mas pelo menos deixa-te no tempo certo para preparares a asneira seguinte.

6. Usa a táctica do macaco: quando não sabes mais o que fazer, sorri! Tenta que não seja amarelo…

7. A melhor defesa é o ataque: se a asneira for monumental, atira-te para o chão e simula um ataque epiléptico (se necessário mastiga o sapato).

8. Nunca te ofereças como voluntário: lembra-te que todos os heróis que conheces estão mortos e nesse estado não vais ter vontade de dançar.

9. Sê discreto: nunca, jamais, em caso algum dês nas vistas. Se for para bater o pé, deixa que os outros batam; se for para bater palmas, sacode as mãos. Nunca corras o risco de te mexeres quando todos os outros estão parados.

10. Não fales demasiado: lembra-te que pior que dançar com quem não sabe, é dançar com um rádio.

11. Não desmoralizes: lembra-te que nunca conseguirás meter uma argolada imbatível.

12. Lembra-te dos outros: se sentires um tacão a atravessar o teu pé, aguenta e lembra-te do que já fizeste aos outros.

13. Segue os bons conselhos: olha para o que eu digo e não para o que eu danço.

Fernando Vilas Boas

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