terça-feira, abril 29, 2008

Dia Mundial da Dança


Um dia consagrado por inteiro à dança. A arte por excelência mais perto de Deus, como escrevia há dias o Fernando neste nosso blogue. Sem grandes artifícios, com o apoio somente do movimento do corpo humano, a dança pinta quadros, escreve poesia, dá vida à música e comunica. O diálogo que enceta consigo, com o outro, com o pequeno grupo, com a multidão é universal. No salão é o diálogo que é assumido com coragem, sem preconceitos, sem rodeios, o diálogo puro e simples. Comunicar a dois, ao toque leve das mãos, ao ritmo cadenciado dos passos, ao comando firme do cavalheiro, à resposta dislumbrante da senhora que seduz e apela a mais e mais. Corpos que se tocam, que bailam em harmonia, que se enamoram para depois chorarem a separação. No final, o bem estar enebriante, a vontade de dançar sem parar, mais e mais. Como diria Leonard Cohen: “Dança-me até ao fim do amor”.


domingo, abril 27, 2008

Sentimento

Quem consegue esquecer os pés e dar uso só aos ouvidos?

Afinal o que é a dança?

«Então não sabes dançar?

Nada?

Nem um só passo?

Como podes dizer que te deste ao trabalho de viver se nem tentaste dançar?

Dança é a música tornada visível.

Dança é a metáfora mais famosa do mundo.

Dança é poesia em silêncio.

Dança é a mãe de todas as artes.

Dança é a linguagem escondida da alma.

Dançarinos são os atletas de Deus.

Nada é mais revelador que a dança.

Dançar é sonhar com os pés.

Dança para expressar, não para impressionar.

Dança primeiro, pensa depois, é essa a ordem natural.

Dança como se ninguém esteja a ver.

Deixa a música mover o teu corpo.

Basta convenceres a tua mente a mover os teus pés.

Ninguém chega lá apenas com talento. Deus dá o talento, mas o trabalho vai além do talento.

Tocar, mover, inspirar.

É esta a verdadeira dádiva da Dança.

Todos conseguem dançar.

O único caminho para isso é acreditares em ti próprio e agires»




Procurem Eddie Uehara no Youtube.

Assim vale a pena.


Fernando Vilas Boas

quinta-feira, abril 17, 2008

Douta Ignorância

Dizia Sócrates (o grego): “Só sei que nada sei”.

Mas não é fácil reconhecer a ignorância.

Numa aula recente, revimos um passo antigo, que já estava esquecido.

Ninguém se “descoseu” a dizer que já não se lembrava, a não ser o Miguel.

Quando quase todos meteram água, o Miguel lembrou que foi o único que disse que não sabia.

Já sei que isso faz dele um ignorante confesso.

Mas o que faz dos outros?

Nunca sabemos tudo.

É difícil fixar todos os passos de dança.

Vêm o desânimo.

Mas desistir não vale.

Não devemos preocupar-nos com o que não sabemos, mas sim com o que não queremos saber.

De qualquer modo, com batota qualquer passo acaba no tempo certo…


Fernando Vilas Boas

sexta-feira, abril 11, 2008

Passado, Presente e Futuro

Faz umas semanas o Rui “acusou-me” de estar a olhar para o passado e escrever uns textos nostálgicos.

De facto, como decidi publicar umas fotos e não tinha fotos do futuro, tive de me virar para o passado.

Mas afinal em que tempo é que estamos?

Pela lógica só existe o presente, porque o passado já foi e o futuro ainda não veio.

Porém, acho que o que não existe é o presente.

O presente é aquela “nesga” que fica entre o passado e o futuro.

Quando falamos no presente ele já é passado e já estamos a entrar no futuro.

Real é o passado que conhecemos e o futuro que esperamos.

Conheço pessoas que pararam no passado e não vivem.

Conheço pessoas que construíram o passado a pensar num futuro e, por isso, vivem projectos de vida.

Também aqui a dança é uma lição.

Quando executamos um passo estamos a preparar o seguinte.

Estamos a construir o futuro imediato sobre o passado recente.

Tal como a vida, a dança é assente nesse equilíbrio precário.

O segredo está em usar o passado apenas como apoio para o futuro, assim vivendo plenamente o presente.

Afinal, dançamos no fio da navalha.


Fernando Vilas Boas

terça-feira, abril 08, 2008

Kizomba no Populum


Oficina de Kizomba no Populum Bar!
Sexta-feira 11 de Abril 2008
Prof. Fernando Dourado




Programa:
20h00 - 21h30 Oficina
21h30 - 23h30 Jantar
23h30 Noite Afro-Latina!

sexta-feira, abril 04, 2008

Os Machões

Recentemente um jogador de rugby ganhou o «Dança Comigo» e mostrou as dúvidas sobre a forma como passará a ser tratado pelos amigos.

Há uns tempos deparei com um blogue onde alguém se diverte a dizer coisas “de macho”.

Acho que o ser humano tem reacções muito previsíveis pelo que, como os comentadores do blogue pareciam levar a sério a caricatura, resolvi confirmar com uma experiência.

Deixei um comentário do género “machos são os que se dedicam às danças” e esperei para ver.

No dia seguinte já tinha um comentário a arrasar o equipamento do Benfica e os homens que se dedicam às danças.

Pergunto-me qual a razão deste tipo de atitudes.

Afinal de contas, porque é que os ditos “machões” tem medo da dança?!

Será porque falam do que não conhecem?

Obviamente. Mas isso não muda nada.

O machismo é uma atitude e o machista não pode mostrar dúvidas.

As dúvidas escondem-se a sete chaves, assim como se esconde tudo o que se pensa que os outros “machões” não fazem.

Porém, por detrás da fachada o que fica são as dúvidas e a insegurança.

Só que, nos machões, quanto mais forte a fachada, mais frágeis os alicerces.

E quantos vivem só de fachada!


http://www.youtube.com/watch?v=ZKrF8Fp_RaU


Fernando Vilas Boas

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