Um dia consagrado por inteiro à dança. A arte por excelência mais perto de Deus, como escrevia há dias o Fernando neste nosso blogue. Sem grandes artifícios, com o apoio somente do movimento do corpo humano, a dança pinta quadros, escreve poesia, dá vida à música e comunica. O diálogo que enceta consigo, com o outro, com o pequeno grupo, com a multidão é universal. No salão é o diálogo que é assumido com coragem, sem preconceitos, sem rodeios, o diálogo puro e simples. Comunicar a dois, ao toque leve das mãos, ao ritmo cadenciado dos passos, ao comando firme do cavalheiro, à resposta dislumbrante da senhora que seduz e apela a mais e mais. Corpos que se tocam, que bailam em harmonia, que se enamoram para depois chorarem a separação. No final, o bem estar enebriante, a vontade de dançar sem parar, mais e mais. Como diria Leonard Cohen: “Dança-me até ao fim do amor”.
Recentemente um jogador de rugby ganhou o «Dança Comigo» e mostrou as dúvidas sobre a forma como passará a ser tratado pelos amigos.
Há uns tempos deparei com um blogue onde alguém se diverte a dizer coisas “de macho”.
Acho que o ser humano tem reacções muito previsíveis pelo que, como os comentadores do blogue pareciam levar a sério a caricatura, resolvi confirmar com uma experiência.
Deixei um comentário do género “machos são os que se dedicam às danças” e esperei para ver.
No dia seguinte já tinha um comentário a arrasar o equipamento do Benfica e os homens que se dedicam às danças.
Pergunto-me qual a razão deste tipo de atitudes.
Afinal de contas, porque é que os ditos “machões” tem medo da dança?!
Será porque falam do que não conhecem?
Obviamente. Mas isso não muda nada.
O machismo é uma atitude e o machista não pode mostrar dúvidas.
As dúvidas escondem-se a sete chaves, assim como se esconde tudo o que se pensa que os outros “machões” não fazem.
Porém, por detrás da fachada o que fica são as dúvidas e a insegurança.
Só que, nos machões, quanto mais forte a fachada, mais frágeis os alicerces.
Um blogue de danças de salão em Braga. Surge a partir da iniciativa de alguns alunos do baile de sexta em S. Adrião e que, apesar de ainda iniciados nestas andanças, não dormem, não comem, não descansam, só a pensar que na sexta seguinte é noite de danças! Os artigos publicados no bailedesexta reflectem a vivência das danças de salão num universo muito particular, mas pretendem contaminar todos os que nutrem pelas danças uma paixão incontrolável!
I just love being with friends and sharing ideas. I am always curious about new ways of communicating and being able to publish your own thoughts on the web is just one of those great ideas.