Sem Palavras!
De volta (e às voltas) com mais uma foto-entrevista, o nosso espião foi encontrar um dos mais ausentes elementos da nossa escola… Antigo presença assídua nas pistas do Poppulum, este excelente bailarino guarda agora as suas melhores valsas Inglesas para a Doce Bailarina que lhe captou o coração.
Mesmo assim, e sempre que os amigos o convocam, o nosso Ezequiel sempre arranja maneira de dar o ar da sua graça…
Fomos descobri-lo numa animada festa de início de Verão e ele não se escusou a responder (ou será caretar?) às nossas perguntinhas.
Que és um mocinho cheio de pinta, já nós sabemos. Mas de onde vem essa Alcunha?
Tens andado um pouco afastado das danças… qual é o resultado desse afastamento na tua forma física?
Sem as danças, consegues ter alguma animação?
Mais umas perguntinhas ou já estás pelos ajustes?
Pronto, pronto… só para acabar, planeias voltar?
Ezequiel
entrevistado por
Valsita
Valsas de Enya
Apesar de já conhecer as músicas desta cantora há uns tempos, só há pouco lhe prestei a devida atenção.
Enya (cujo nome verdadeiro, de origem irlandesa, é Eithne Ní Bhraonáin), sempre procurou inspiração para as suas músicas na sua terra natal, com notada influência principalmente da cultura celta.
Depois de ter ouvido dois dos seus álbuns fiquei rendida à sua música. Principalmente a duas valsas absolutamente arrebatadoras.
Uma dessas Valsas, a “Flora’s Secret” (do álbum “A Day Without Rain”) podemos ouvir frequentemente nos nossos bailes de sexta-feira no Poppulum. Logo no início da noite, o Sr. Teixeira tem o bom gosto de escolher esta música para uma das primeiras valsas.
A outra Valsa que me chamou a atenção foi a “Caribbean Blue” (do álbum “Paint the sky with Stars”).
Ambas são lindas, mas mais que isso…Ambas têm letras inspiradoras e que não resisto a partilhar com vocês.
Espero sinceramente que gostem tanto quanto eu. Boa Semana e Boas Valsas
“Caribbean Blue”
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Ud4YjUQynWs&mode=related&search=
Letra:
“Eurus
Afer Ventus
So the world goes round and round
with all you ever knew
They say the sky high above
Is Caribbean blue ...
If every man says all he can,
If every man is true,
Do I believe the sky above
Is Caribbean blue ...
... Boreas ...
... Zephryus ...
If all you told was turned to gold,
If all you dreamed were new,
Imagine sky high above
In Caribbean blue ...
... Eurus...
Afer Ventus ...
... Boreas
Zephryus ...
... Africus ...”
“Flora’s Secret”
Letra:
“Lovers in the long grass
look above them
only they can see
where the clouds are going
only to discover
dust and sunlight
ever make the sky so blue
Afternoon is hazy
river flowing
all around the sounds
moving closer to them
telling them the story
told by flora
dreams they never knew
Silver willows
tears from Persia
those who come
from a far-off island
winter Chanterelle lies
under cover
Glory-of-the-sun in blue
Some they know as passion
some as freedom
some they know as love
and the way it leaves them
summer snowflake
for a season
when the sky above is blue
when the sky above is blue
Lying in the long grass
close beside her
giving her the name
of the one the moon loves
this will be the day she
will remember
when she knew his heart
was
loving in the long grass
close beside her
whispering of love
and the way it leaves them
lying in the long grass
in the sunlight
they believe it's true love
and from all around them
flora's secret
telling them of love
and the way it breathes
and
looking up from eyes of
amaranthine
they can see the sky
is blue
knowing that their love
is true
dreams they never knew
and the sky above is blue”
Célia Oliveira
Dos anos trinta até hoje
Na década de sessenta sentia-se uma mudança no ar e tudo se alterou com a chegada em 1961 do Let’s Twist Again de Chubby Checker. Reprovada como uma dança imprópria, tal como já acontecera ao Charleston trinta anos antes, foi ganhando cada vez mais força. Fácil de aprender, divertida de dançar no seu ritmo característico, jovens e velhos dançavam o Twist toda a noite. O Twist trouxe consigo uma nova ideia: os dançarinos não precisavam de ter parceiros, as meninas não tinham que esperar que as convidassem para dançar; toda a gente podia se juntar a dançar. No início havia figuras facilmente reconhecíveis, mas à medida que se enraizou o Twist, foram-se desenvolvendo inúmeras variações até o estilo de cada um se tornar pessoal e único. A influência do Twist espalhou-se: os vestidos eram feitos com pequenas tiras que brilhavam quando os dançarinos abanavam; os modelos pousavam em linhas Twist; havia queixas de músculos doridos e dores de costas mas a sua popularidade era suprema. A partir do ritmo irresistível do Twist a dança individual evoluiu para a dança de discoteca. Não progride e não há passos a aprender; toda a expressão está no movimento do corpo e dos braços.
Em 1962, logo a seguir à grande excitação com o Twist uma outra nova dança totalmente diferente estava a começar a fazer furor: o Cha-Cha-Cha. Deriva do Mambo que era um ritmo muito difícil para o público geral acompanhar. O Cha-Cha-Cha com o seu ritmo sofisticado, facilmente contável e distinto, chegou desde os Estados Unidos e logo seria ouvido em toda a parte. É uma dança adaptável que se pode tornar num número de competição fantástico, capaz de mostrar as qualidades do cavalheiro ou da dama, ou pode ser igualmente subtil e sexy na pista de uma discoteca pequena.
Na recente explosão de novas formas de dança tem naturalmente que se honrar a Salsa, mas também o Merengue ou a Dança Indiana, entre outras...
Victor Silvester, Modern Ballroom Dancing (Ebury Press 2005, pp. 42-43)
Traduzido e adaptado por
De Campos
Sabor latino
Por mais que se não queira, as danças acabam por se entranhar no corpo e não se resiste a um pezinho de dança sempre que se pode. Ainda a carburar as solas de principiante nas danças de salão, já penso em outros voos e nos últimos fins-de-semana dei por mim a experimentar algo de completamente novo, Salsa e Merengue. O espaço é o habitual, um salão que já se tornou casa para mim e para muitos que partilham da mesma alegria dançante todas as semanas. O novo professor é o Fernando ou Hernando como gosta que lhe chamem. Apareceu num gesto de boa vontade, acompanhado por uma belíssima bailarina, numa sexta no baile para apresentar o seu programa de latinas e assim aliciar alguns alunos curiosos. O grosso da turma, com muitos outros alunos de outros bailes, aceitou o desafio e lá apareceu às cinco da tarde no primeiro sábado do mês de Outubro em S. Adrião para experimentar uns passinhos de Salsa.
O salão era o nosso de sempre, mas desta vez mais compacto, com um volume de gente comparativamente maior. Alinhados como podíamos, obedecíamos tranquilamente às instruções do Hernando, que controlava pelos espelhos em volta os passos tímidos dos principiantes. Novos e mais velhos, lá iam experimentando a cadência 123, 567 da Salsa. Primeiro com a perna esquerda para a frente, depois com a direita para trás, lá se completava o ciclo dos dois tempos que formam este ritmo inebriante. Sucessivamente os passos foram-se tornando mais complexos e no final da primeira aula já toda a turma bailava os passos para o lado, para trás cruzado e ainda o imponente pivot lento. No sábado seguinte repetimos os passos aprendidos com mais à vontade, prontos para experimentar o pivot por excelência com rodopio. Giro é depois experimentar em par, alternando senhora e cavalheiro o pivot. Para finalizar a aula fizemos uma grande roda de casino, desta vez não para os passos do Cha-Cha-Cha, mas para o Merengue. Ao comando do nosso Mestre dançámos arriba e abaixo, para dentro e para fora, com tempo ainda para um twist e uma volta. Venha mais Salsa e mais Merengue que a malta agradece!
De Campos
Sem Palavras!
Já aqui conversámos com a Valsita, uma especialista em Valsas, louca por valsas, uma dançarina de valsas em todo o lado. Também entrevistámos a Sambita, uma desenfreada apaixonada pelo Samba, capaz de sambar até à exaustão. Hoje é a vez da Rumbita, uma romântica por excelência e que com o seu par optou por levar as danças de salão muito a sério. Apesar do baile original se ter desmembrado, encontra as suas amigas sempre que pode e mata as saudades no Populum. A simpatia com que acolhe novas amizades faz com que todos se sintam muito bem à sua volta. Dançar uma Rumba não é esforço algum para quem tem na simpatia o maior dos seus trunfos. Depois é só rumbar e espantar o par com a beleza natural dos gestos.
Eras capaz de dançar com um cavalheiro que exibisse uma camisola Bio Tex totalmente encharcada de suor?
E se em vez de uma Rumba o cavalheiro te pedisse que dançasses um Tango?
Estás preparada para assinar dedicatórias aos milhares de fãs que vêm ao Populum para te ver rumbar?
O que farias se fosses dona da maior escola do país de danças de salão?
Vais poder dançar com a mesma frequência nos próximos tempos?
E se o Jorge Miguel viesse expressamente a Braga para dançar uma das suas rumbas contigo?
Rumbita
entrevistada por
Madame X
O Outro Baile de Sexta
Pois é…além da turma lendária de Santo Adrião, que deu nome e origem a este Blogue, havia outro Baile de Sexta que merece a nossa atenção.
Não, não me enganei no tempo verbal a usar. Disse “havia”, porque infelizmente esta turma teve a sua última aula na passada sexta-feira, em Aveleda.
Mas vamos começar pelo princípio… Em meados deste ano, o Professor Zacarias iniciou, com uma grande dose de entusiasmo, uma nova turma de danças de salão, na Aveleda, às sextas-feiras.
Esta turma, que iria iniciar o nível 4, reunia membros de várias turmas. Desde Salamonde à turma do nível 3 da professora Vera.
Infelizmente, eram alunos de turmas que tinham terminado por falta de elementos suficientes.
Ora, devo salientar, que apesar de não ter uma tarefa difícil, o Zacarias sempre mostrou empenho e vontade com estes Alunos. E a verdade é que, das poucas aulas que assisti, adorei o ambiente que ele fomentou.
Eram aulas bem dispostas, com um grupo muito homogéneo e com muita vontade de aprender.
Alguns destes alunos, que foram da mesma turma que eu, encontravam-se à procura de turma quando entraram para o outro baile de sexta. Encontraram o que procuravam quando o Zacarias iniciou as aulas na Aveleda.
A verdade é que infelizmente, e apesar do entusiasmo do professor e dos alunos que eu conheço (refiro-me em especial aos membros do famoso Núcleo Duro). A turma teve mesmo que ser encerrada.
Por várias razões, que não vamos agora explorar, não vai ser possível manter esta turma a funcionar. No entanto, achei injusto não ser mencionado o esforço e a dedicação do Zacarias e dos seus alunos mais fieis, para que este projecto desse certo e a alegria que tiveram ao aproveitar ao máximo as aulas que foram realizadas…
Mais uma vez, há alunos que vão ficar sem turma…alguns deles pela 2ª vez e sem que lhes sejam apresentadas grandes alternativas.
É uma pena vermos uma turma assim acabar… Seja como for…aqui fica a recordação de uma turma memorável.
O Outro baile de Sexta.
Célia Oliveira
Malta Fixola
Para os amantes e curiosos das novidades no mundo das danças de salão em Braga, vai ser dinamizado um novo salão de baile para os tempos de ócio! O café Malta Fixola abriu as portas às danças de salão e vai ter noites dançantes já a partir da próxima sexta-feira. Um espaço que pretende ser democrático e aberto, vai acolher bailarinos de todos os quadrantes, sendo mesmo fácil encontrá-lo no mapa: O café Malta Fixola é no topo da Rua dos Chaos(Avenida Central), virando na segunda rua à direita, que é a Rua de S. Vicente, sendo o bar logo no início da rua.
A Vânia é a grande anfitriã! Todos ao baile de sexta no Malta Fixola!
Kizomba
A Kizomba é um ritmo africano que viu a sua origem em Angola. É um ritmo moderno e apaixonante, e por isso mesmo, talvez, hoje seja tocado por músicos de várias origens.
Há Kizombas cantados em português – por angolanos – mas principalmente, hoje em dia, em crioulo de Cabo Verde. Os cabo-verdianos chamam a este ritmo “passada”.
O Zouk seria facilmente confundido com a Kizomba não fosse uma única diferença, que em nada muda este ritmo quente e sensual. Essa diferença é a língua em que é cantado, que é o francês. O espectro de temas que podemos dançar enquanto Kizomba alarga-se então ao Zouk, que é originário das Antilhas.
Mas não se fica por aqui o mercado das danças africanas. O da Kizomba, tem vindo a alargar-se espantosamente, e nos últimos anos conhecem-se Kizombas de origem moçambicana, guineense, santomense, etc.
Começam também a aparecer interessantes e bem sucedidas fusões da Kizomba com as Danças Orientais, o Rap/Hip Hop e as Danças Brasileiras, o que enriquece a própria dança – além da sonoridade – do ritmo original.
Em Portugal, a adesão a este ritmo africano é cada vez maior. Não só as discotecas vocacionadas atraem cada vez mais pessoas, como as restantes começam a passá-lo cada vez com mais frequência. Amantes de danças latinas como a Salsa ou o Samba/Forro dificilmente ficam à margem desta dança: são por ela atraídos naturalmente.
E quem dança Kizomba sabe porquê: é que a Kizomba tem calor, tem sensualidade e, acima de tudo, porque se dança a par, propicia a cumplicidade e a empatia entre os dançarinos.
Descobre o prazer da dança...
Só Mais Um Beijo
Eu quero apenas te pedir, só mais um beijo
Um beijo para eu sentir, que gostas de mim
Mas quero também te pedir, mas de outro jeito
Não me deixes mais ficar, longe de ti
Quero te amar, quero sentir
O teu carinho, dentro de mim
Deixa-me olhar, e te tocar
Vem ter comigo, vem…meu amor
Dá um beijo, mas também teu coração
Com desejo, com carinho e paixão
Só um beijo, com ternura, paixão
Só mais uma vez, eu vou te amar
Eu quero apenas te pedir, mas de outro jeito
Um beijo como eu sonhei , que nunca senti
Eu sei também que só depois, desse momento
Eu vou saber se tudo o que sonhei, tu és para mim
Deixa eu te amar, deixa sentir
O teu carinho, dentro de mim
Deixa-me olhar e te tocar
Vem ter comigo, vem…meu amor
Ah…quando eu beijo a tua boca
Uh …sinto o meu corpo balançar
Ah…quando os nossos lábios se tocam
Uh …sinto o desejo de te amar (Bis)
Irmãos verdade·
baby
ehhhhhhhihhhhhh
ah
baby baby baby
dá-me só 1 beijo
com muito desejo
no teu coração
baby baby baby
dá-me outro beijo
é tudo que eu quero
com muita paixão
baby
baby baby baby
também quero 1 beijo
mas com sentimento ahhahh
e com emoção
quando te beijo
eu fico fora de mim
fico sem jeito
vejo o mundo só em ti
refrão:
é loucura amor
é desejo sim
é ciúme é
1 sentimento que eu não sei
é 1 amor que explode
no meu peito
e devora
o meu coração
é 1 calor que queima
o meu corpo
e nos consome
de paixão...de paixaaao...paixão paixão..baby...e paixão
quando te beijo fico fora de mim(fora de mim)
fico sem jeito vejo o mundo só em ti...
Cristóvão Machado
Malta Fixola
Para os amantes e curiosos das novidades no mundo das danças de salão em Braga, vai ser dinamizado um novo salão de baile para os tempos de ócio! O café Malta Fixola abriu as portas às danças de salão e vai ter noites dançantes já a partir da próxima sexta-feira. Um espaço que pretende ser democrático e aberto, vai acolher bailarinos de todos os quadrantes, sendo mesmo fácil encontrá-lo no mapa: Rua de S. Vicente.
A Vânia é a grande anfitriã! Todos ao baile de sexta no Malta Fixola!
Dos anos trinta até hoje
O mais recente período da história das danças de salão começou com a Valsa, o Foxtrot, o Quickstep e o Tango, geralmente reconhecidas como as quatro danças tipo, embora o nome Quickstep para o Foxtrot mais rápido não seja aceite de uma forma universal. Foi uma época de controvérsia que viu o lado mais social do mundo da dança dividir-se em duas facções: a casual, por dançarinos de ocasião social e a competição, por dançarinos de estilo palaciano que frequentavam os salões maiores de dança.
Os anos trinta trouxeram uma série de danças festivas ou rompantes, começando em 1937 quando o musical Me and My Girl com Lupino Lane apresentou o Lambeth Walk. Não era difícil encontrar toda a gente a dançar o Lambeth Walk, pois era uma melodia fácil de recordar e estava completamente na moda. Do lado latino-americano chegava uma dança espantosamente leve, o Samba, à Europa desde a América do Sul nos finais dos anos trinta. A popularidade do Samba era favorecida pelo ritmo atraente e extremamente vivo.
Também a música Swing, o Jitterbug e o Boogie-Woogie chegaram à Europa desde a América durante a Segunda Grande Guerra, com a permanência das tropas americanas e canadianas. O Jitterbug com os seus movimentos mais descontrolados ao ritmo da música mais compulsiva do Boogie-Woogie foi banido de muitos salões. No entanto, o mundo profissional da dança logo percebeu que não podia ignorá-lo e tratou de o converter a uma dança de salão mais aceitável com figuras ensináveis. Numa forma modificada, esta música empolgante floresceu com outro nome, o Jive, tornando-se eventualmente numa dança tipo do grupo latino-americano. O público dançante em geral esperava por algo novo e pouco tempo depois chegava o Bill Haley e os Comets a tocar o “Rock around the Clock”. O público perdeu as estribeiras e onde se ouvisse o ritmo forte do Rock, os jovens saltavam dos pés e dançavam, não só em pistas de dança mas também em salas de cinema e por todo lado onde a música era tocada. Embora o Rock ‘n’ Roll seja parente do Jive e dançado ao mesmo ritmo, o estilo é mais simples e pode ser menos energético. Começava assim a era da música Pop, com o Rock ‘n’ Roll e os primeiros grupos de Rock a serem gravados nesta altura em filme e em discos.
Victor Silvester, Modern Ballroom Dancing (Ebury Press 2005, pp. 40-42)
Traduzido e adaptado por
De Campos
Ainda numa de lembranças…
Pois é… estes últimos artigos do nosso blog, a apontar para a nostalgia das nossas infâncias e juventudes, causaram estragos…
Dou por mim a usar diariamente o www.youtube.com, à procura de vídeos dessas alturas…
A verdade é que este revivalismo já tinha a sua sementinha lançada há uns tempos, quando me tornei praticamente viciada numa rubrica do programa da manha da rádio Comercial…
Ok, chamem-me cota, mas todas as manhãs tenho o meu momento Karaoke do dia, ao volante do meu bolinhas, a caminho do trabalho, quando passam na rádio as “Musicas para sonhar”…
As minhas preferidas vão para os temas dos desenhos animados… Dartacão, Tom Sawyer, Sitio do Pica-pau Amarelo, Verão Azul… tantas…
Há uns dias, a musica para sonhar, e claro o meu momento karaoke, foi o genérico de um dos meus desenhos animados preferidos… o Sport Billy.
Lembram-se do Sport Billy? Aquele menino apadrinhado pelos deuses do Olimpo, que tinha um saco mágico com equipamentos desportivos em miniatura, que se transformavam em tamanho normal para o ajudar na defesa dos desportos?
Fantástico… horas e horas em frente à televisão sem nunca perder um episodio…
Claro, não resisti, nesse mesmo dia a ir procurar o vídeo desse genérico… e mais uma vez o www.youtube.com não falhou.
Aproveito para partilhar o vídeo convosco.
http://www.youtube.com/watch?v=huJlDsfXf5U
Fica a sugestão para recordar.
Valsita
Sem Palavras!
Mais uma terça-feira, mais uma foto-entrevista. Esta rubrica, que cada vez tem mais adeptos, não para de surpreender. A nossa repórter mistério consegue sempre encontrar, até os bailarinos mais tímidos da nossa escola… Eles bem tentam passar despercebidos, mas não conseguem escapar à nossa câmara indiscreta.
Hoje retratamos o João Andrade… sim, aquele menino que depois de dar um pé de dança no Poppulum, ainda tem baterias carregadas para mais uma horas num outro bar, lá para as terras de Nogueira….
É um regalo vê-lo dançar até altas horas da madrugada.
Ui… essa carinha de sono não engana ninguém! Isso é fruto de uma noite de arromba, não é?
Ah… bem tínhamos razão. Mas confessa lá, não aguentas mais uma dança?
Agora que já estas mais animadito, conta-nos lá qual é a tua dança preferida… será o Tango?
E agora? Vai mais uma rumba, com uma mocinha bonita?
João Andrade
entrevistado por
Valsita
Bio Tex
Já aqui falei dos mais que necessários utensílios para a dança. Os imprescindíveis sapatos de salão, com a sua sola mole, feita em couro, mas revestida por uma capa em tecido veludo. Eles permitem um deslizar sublime sobre o chão de madeira do salão, quando devidamente escovados. Só assim o veludo da sola poderá manter o pêlo firme e não absorver em demasia o pó e as areias do parquet. Também falei dos meus objectos pessoais que me acompanham nas maratonas de dança semanais e que fazem parte do meu asseio para o baile. Falo naturalmente da toalha em algodão puro, imprescindível para limpar rosto, cabeça e braços das inevitáveis gotas de suor; ou da preciosa garrafa de litro e meio de água mineral natural, um regalo dos deuses que visa retemperar as forças nos breves momentos de pausa entre danças. A acompanhar o aprendiz diligente deve seguir um caderno de tipo diário, não só para se poder anotar os mais variados passos nos seus nomes internacionais, mas também para desenhar mais especificamente o sentido das figuras, as instruções propriamente ditas dos passos. No mundo da tecnologia em que vivemos e para os mais sofisticados, há sempre a hipótese de se munirem de câmara digital e fotografarem ou filmarem as fases devidas dos passos que estão a aprender.
Uma das peças de vestuário mais importantes para a indumentária do baile é a camisola interior. É claro que nem todos sabem do que estou para aqui a falar. Nem todos sofrem do mesmo bem que eu. A camisola interior, que até recentemente, servia, no meu caso muito especial, para retardar o aparecimento em abundância das gotas de suor no pólo, tinha um pequeno problema, uma vez ensopada, dificilmente renovava o seu aspecto seco e só mesmo mudando de camisola, podia desejar uns breves minutos de conforto, antes de voltar a ficar totalmente encharcado! Descobri agora e graças ao meu irmão, especialista em tecnologia aplicada à ginástica e manutenção, uma camisola interior altamente sofisticada, capaz de absorver gulosamente grandes quantidades de suor, mantendo, assim, por mais tempo, o aspecto de seco do pólo exterior. A bendita camisola é composta a cem por cento por polipropileno (o mesmo material plástico das embalagens reciclado) e veste-se justa, bem juntinha ao corpo. A Bio Tex é malhada, mas não se deixem iludir pela rede que a reveste, pois semelhante estrutura parece ser mais eficaz no combate à transpiração abundante. Não há naturalmente milagres e após algum tempo começa-se a sentir o suor a invadir em manchas a parte exterior, mas tem a propriedade de secar rapidamente se ficar muito tempo agarrada ao corpo! Escreverei proximamente sobre novos e interessantes achados no capítulo da roupa!
De Campos
O Foxtrot entre 1914 e 1918
Quando rebentou a guerra, o Tango e o Boston estavam na sua última fase de popularidade. A Valsa estava quase extinta, não fosse ela praticada ocasionalmente na forma de “hesitação”. O rei dos bailes de salão era agora o Foxtrot, descoberto pouco antes do início da Primeira Grande Guerra. Quando a guerra chegou, a forma mais popular de descontracção para os homens em folga, quer na França quer nos campos de treino em Inglaterra, era uma dança. Muitos destes homens não tinham qualquer experiência ou contacto prévio com a dança e não tinham sequer tempo de aprender as complexidades da Valsa ou do Tango. A melodia fascinante do som Foxtrot e a natureza informal dos passos apelou de tal forma aos soldados que em poucos meses o Foxtrot se tornou na dança mais popular dos bailes.
No Verão de 1914 o Foxtrot fez a sua primeira aparição nos Estados Unidos, como resultado da influência negra, do nascimento do passo único (one step) e do Rag, bem como a tendência na América de introduzir na dança os galopes (canters) e os trotes. Nos primeiros meses de existência o Foxtrot era na realidade uma dança de passeio, sem uma rotina definida de passos. Os passos utilizados eram ou lentos (dois tempos) ou rápidos (um tempo). Depois de um período inicial mais fluído, este género de dança estabilizou, mantendo o caminhar lento e o trote mais rápido; a figura da borboleta tornou-se popular e logo apareceu a centelha (Twinkle). Algumas das figuras utilizadas estavam muito em voga na altura como o caso do Chassé, muito usado para a progressão bem como para virar.
Victor Silvester, Modern Ballroom Dancing (Ebury Press 2005, pp. 26-27)
Traduzido e adaptado por
De Campos
Reviver o Passado
Esta história do YouTube no artigo publicado pela Valsita é muito engraçada! Depois de me ter deliciado com os vídeos propostos pela Célia, passei a recordar alguns velhinhos do meu tempo de escola. Não é que consegui mesmo ter acesso a canções do imaginário colectivo da minha geração. Meu Deus, estou a ficar velho, pensava eu enquanto desfrutava mais uma canção pop. O menos-mal é que também eles, os cantores que a minha geração ouvia mil vezes sem conta, estão definitivamente com cabelos brancos ou mais entradotes. Naquele tempo coleccionávamos os sucessos em LP de vinil ou em cassetes, não havia, claro está, ficheiros comprimidos em formato MP3 nem sequer CD ou DVD. Foi bom cantarolar o mega sucesso dos A-HA, Take on Me e a magia gráfica do vídeo, muito bem conseguida através da fusão entre dois mundos, personagens subitamente transformadas em heróis de banda desenhada. Também por lá revivi a excentricidade da Cindy Lauper em True Colors, ou o romantismo desmedido do Paul Young em Everytime you go away. Muitos ficaram por recordar para próximas visitas, espero eu, todavia, não podia fechar o sítio sem espreitar o vídeo da Madona, Papa don’t preach. Para último escolhi reviver o vídeo sensação de ajuda à África sofredora – USA for Africa em We are the World. Lá estavam todos os cantores pop que a minha geração apreciava, todos de carinha lavada, bem mais novos e frescos, cheios de garra: Kenny Rogers, Paul Simon, Lionel Richie, Michael Jackson, Stevie Wonder, Tina Turner, Diana Ross, Bruce Springsteen, Cindy Lauper, Bob Dylan ou Ray Charles...
Trinta e muitos, a série americana que eu devorava há alguns anos, é agora o filme do meu dia a dia. Casado e a preparar o enxoval de fraldas, as entradas do cabelo mais pronunciadas, as brancas a darem o ar de sua graça, o bocejar ao serão e o primeiro sono a pesar sobre as pálpebras logo a seguir, são sinais mais que evidentes da passagem assustadora do tempo. O pior é que as marcas não ficam por aí, comprimidos para tomar logo de manhã fazem antever o pior dos cenários, amigos em cada esquina ou em cada cais de embarque parecem ter-se esfumado e dão lugar agora ao pôr em conversa em dia uma vez por ano, por telefone e apenas aos pouquíssimos que restaram desse mundo de gente que conhecia. Valem-me simplesmente as danças de salão e toda a gente nova que conheci. Um grupo super animado e que se diverte sem favores e com um ponto crucial em comum: vamos ao baile!
Take on Me
http://www.youtube.com/watch?v=u0R7dvLAiP8
We are the World
http://www.youtube.com/watch?v=Fr0QHSoKEZ8
De Campos
Sem Palavras!
A pergunta pertinente a fazer é só uma: de onde vem tanta energia? Não pára, muito menos dorme, faz aquilo que no nosso pequeno mundo das danças de salão é conhecido pelo pleno, i.e., a semana toda a correr de aula em aula, absorvendo todos os ritmos possíveis, agarrando até ao êxtase as latinas, abraçando as clássicas com fervor e terminando com uns pezinhos nos sons africanos. Isto é só uma pequena amostra do que anda a fazer. Depois vem o blogue Balldancesa que lançou há uns meses, onde inova com os registos em vídeo dos momentos mais felizes deste Verão. O populum já era e este Verão o “Paganini” (desculpa, mas não me consigo lembrar do nome do bar!) foi a grande estrela, com a Vânia rapidamente a tomar conta da selecção musical e a assegurar que a pequena pista era devidamente dançada! O problema da Vânia é mesmo parar. Palavra que não existe no dicionário da bailarina, promete abanar o universo das danças de salão em Braga com muitos e inovadores projectos. Já chega de treta, Senhoras e Senhores, Vânia, o Ciclone das Danças:
Vânia, achas que o público te perdoava se descansasses um pouco?
Estás disposta a trocar as danças de salão por algo mais radical tipo Yoga?
Gostarias de entrar numa competição de danças de salão modalidade resistência, 24 horas sem parar?
Há outras paixões que queiras partilhar para além da mais que assumida dança?
Vânia
entrevistada por
Madame X